As mãos que hoje sentiste, filha, estão carregadas de vida, de dor, de anos, de histórias. São umas mãos velhinhas, com veias salientes, com socalcos. Os dedos são irregulares, de diferentes tamanhos e feitios, tortos como a vida tantas vezes foi. A pele macia como o veludo, a contrastar com a dureza de tantos anos de trabalho.
São as mãos ternas e meigas da tua bisavó Rosel. As mãos que farão o melhor arroz doce que alguma vez provarás, os melhores pastéis de massa tenra, o magusto a saber a natal. As mãos que te embalarão com a ternura de quem já te ama tanto. És a esperança, a esperança de anos melhores, de uma alegria devolvida depois de tantos dias cinzentos. Isabel, a bisavó aguarda a tua chegada com o coração cheio. E tu verás o quão grande é o coração dela.
A avó Rosel fez hoje 78 anos. Oferecemos-lhe aquilo que ela mais gosta: um livro. A rainha branca, para se juntar à vasta coleção de livros históricos e ficcionais de reis e rainhas. Mas ela deu-nos um presente ainda mais doce a seguir ao jantar: arroz doce com canela. Gostaste, eu sei. Mexeste-te tanto!
Mas o melhor da noite, que nada supera, foi o momento em que estivemos as três tão próximas. A minha mão, a mão da avó e tu, filha, tão perto, cada vez mais perto, a dares-nos tanto sem saberes.
<3 a nossa avó tem mesmo uma mão perfeita na paparoca não tem, prima?
ResponderEliminarSou doidão pelos pasteis de massa tenra! :D
É tudo óptimo. Tenho mesmo de aprender a fazer estas paparocas boas!
EliminarBeijinhos
Olá Joaninha, gostei! Pensa em fazer uma visita.
ResponderEliminarEstá avó sente-se um bocadinho distante dessa neta aqui pelo Alentejo.
Estou já a preparar um quarto para vos receber mais à princesa.
Olá, vovó!
EliminarTemos de ir visitá-la, dia 2 de fevereiro parece-lhe bem? ;)
Um beijinho!!!
Tão bonito :)
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