quarta-feira, 25 de dezembro de 2013

Natal

Anjinho de Dubrovnik: um de muitos, de várias partes do mundo, que habitam a nossa árvore
O meu Natal: lareira, pontapés na barriga, filmes repetidos, dilúvio lá fora, lambidelas do cão, pontapés, cheiro a chocolate no ar, mais umas lambidelas, música de Natal na cozinha, um lugar a menos na mesa, uma lágrima, pontapés na barriga e um sorriso enorme.
O melhor presente de sempre está dentro de mim.
Feliz Natal a todos os que o celebram!

sexta-feira, 13 de dezembro de 2013

Dentro da Minha Barriga


Adoro ter barriga. Mas mais do que isso, adoro ter-te dentro da minha barriga. Desde os 19 anos que sonho com este momento e ainda é melhor do que imaginava! Além do carinho, dos mimos e da atenção de todos, que sabem muito bem, é a sensação de ter um bebé cheio de vida dentro de um espaço tão pequenino.
Ao contrário do que estava à espera, ainda não ganhei muito peso, o que me dá ainda mais confiança e me faz sentir bonita. Mas a verdade é esta: acho que mesmo que já tivesse mais 20kg no bucho me iria sentir bonita... e continuaria a sentir que esta é uma fase única e especial. É o tal brilho que só as grávidas têm...
A brincar a brincar já estamos a entrar no 3º trimestre. Março está quase aí!


À espera das fotografias

Adoro fotografia, acho que sempre gostei. Tanto gosto de folhear álbuns de família, completamente amadores mas cheios de amor, como de ver livros de verdadeiros génios na arte de fotografar. Fascina-me ver aqueles momentos para sempre imóveis, mas para sempre vivos. Uns mais inesperados que outros, mais ou menos estudados, mais ou menos geniais.
Não tenho especial jeito para ser fotografada nem para fotografar, mas gosto de ter fotografias por perto, de rever e reviver momentos. Mais do que decorar uma casa, é querer dar-lhe sentido, dar-lhe histórias e passado, lugares onde fomos felizes.
No quarto da Isabel não vão faltar esses momentos. As molduras já estão à espera.
 


Este conjunto foi amor à primeira vista. Adoro o toque romântico num quarto.

Mas as molduras dos corações, que já tinha comprado, também vão ficar amorosas. Vamos é ter o cuidado de afastá-las umas das outras, para não causar demasiado ruído.



terça-feira, 10 de dezembro de 2013

Supermulher

Isabel,
A tua mãe julgava que era uma supermulher. Que tinha superpoderes. E tu vais achar que tenho mesmo, por muitos e muitos anos. Mas não tenho poderes especiais. Descobri isso hoje. Ainda bem que foi a tempo.
Ouviste-me chorar, não foi? Já passou, não fiques preocupada. Apanhei um grande susto, mas está tudo bem. Não me ouviste já a respirar de alívio e a rir? Pronto, juro que está tudo bem. Assim que ouvi o teu coraçãozinho a bater naquele ritmo alucinante, que é música para os meus ouvidos, soube que estava tudo bem.
Depois vi-te, já a ficar tão crescida, a mexeres-te por tudo o que é canto, dentro de mim, e deixei cair mais umas lágrimas. Coração de mãe é assim, grande, grande, mas fica bem pequenino e apertado quando se assusta.
Já és a bebé que me acompanha para todo o lado e com quem divido tudo. Sonhos e mais sonhos. A minha vida já é contigo. Vejo-me daqui para a frente e vejo-te. A minha bebé.

Isabel, a tua mãe não é uma supermulher, tem de abrandar o ritmo desenfreado que lhe dá vida. Porque agora a vida está na coisa mais pequenina e mais preciosa. Está em ti.

Vou cuidar bem de ti. E de mim. Prometo.

segunda-feira, 2 de dezembro de 2013

Às riscas




Hoje o avô Fernando fez milagres no quarto da princesa. Pintou as paredes e o tecto com um branco gesso e, com a ajuda do papá, colocou o papel de parede escolhido por mim.
Gostei mesmo muito do resultado.
Agora só falta pôr o dossel, as molduras e as malas de viagem recicladas e pintadas de branco e comprar tapete, candeeiro de tecto e cadeirão. As cortinas vou tentar ser eu a costurar (me-do).

quarta-feira, 27 de novembro de 2013

O armário da Isabel

O móvel que comprámos no OLX - cristaleira modelo Queen Anne reciclada e transformada em armário

As primeiras roupinhas



domingo, 24 de novembro de 2013

O tio Jorge

(Para leres só quando fores muito crescida)

Isabel,
Queria que não tivesses de saber que a vida é rápida e fugaz.
Que este país não é para velhos.
Que o teu tio-avô Jorge morreu com 58 anos, longe da família porque se viu obrigado a emigrar este ano.
Só queria trabalhar. Era um lutador, um sonhador e nunca cruzou os braços.

Em criança montou, com uma boa dose de loucura e coragem, um paraquedas com a mochila da escola e umas cortinas e saltou do segundo andar para experimentar a invenção. Sobreviveu.
Este ano foi tentar a sorte em Inglaterra. Não sobreviveu.
Teve um avc, um aneurisma cerebral, e não resistiu.

O meu tio dizia, sempre num tom alegre e bem disposto, que eu era a "sobrinha favorita" dele. Eu respondia "a única". Sempre fui a única menina num mundo de rapazes e desde miúda que me lembro desta espécie de código entre nós.
O meu tio era uma pessoa alegre, com muita luz, com um bom coração. Inteligente, sabedor, enérgico, teimoso, chato às vezes. Um homem incrível, que animava as mesas e as férias. Como única menina na família, lembro-me de me sentar à mesa com os adultos e de ouvir as discussões acesas, qual família siciliana, e ele tinha fogo. Falava alto, com emoção, com vida no corpo.
Vou ter saudades. Vamos ter saudades. Tenho muita pena que não o chegues a conhecer, ele ia adorar conhecer a sobrinha-neta, a Isabel.
Ias gostar dele.

Ele morreu sozinho, longe da família. Já foram buscá-lo para perto de nós, mas o vazio, esse não vai diminuir. Vai sobrar um lugar na mesa neste Natal. E nos próximos. No próximo estarás cá tu. Nos outros também. E eu vou fazer questão que saibas quem foi este homem que sempre nos contagiou a todos com otimismo e esperança, mesmo quando tudo parecia negro.

Até já Isabelinha,
Até sempre, tio Jorge
Da tua "sobrinha preferida" (a única...)

sexta-feira, 22 de novembro de 2013

Como vais ser?

Começo a imaginar como serás. Se terás o meu nariz de batata, se os cabelos serão lourinhos e lisos como os meus eram, se vais ter bochechinhas de se comer ou o queixinho do pai. Os olhos, castanhos claros e amendoados? Vais ser chorona como a mãe ou calma como pai? Boazinha como ambos ou, pelo contrário, arisca e intempestiva?

Sinto-te a pontapear-me a todas as horas do dia e imagino as festas que já dás aí dentro. Que a tua vida seja uma festa, sempre a ver o lado bom das coisas, a sorrir para o mundo.
Tive uma infância inesquecível e quero que a tua seja igual.




Versão desdentada

Com dois anos, no dia do meu Baptismo


Sorriso de férias na Costa de Caparica


Quando achava que passar a ferro era giro