Trocava contigo, filha. Eu sabia que este dia ia chegar, mas não estava preparada.
Trocava contigo, filha. Nem pensava duas vezes. Ver-te doente consome-me.
Trocava contigo, filha. Nem pensava duas vezes. Ver-te doente consome-me.
Trocava contigo, filha. Já não consigo olhar para o termómetro e ver a contagem a crescer até aos trinta e nove e meio.
Trocava contigo, filha. Quando não consegues respirar e pedes ajuda num choro aflito, o meu coração fica do tamanho de uma ervilha.
Ontem só conseguiste adormecer na nossa cama, aninhada a mim. Dormimos assim, coladas. A chucha cai para conseguires respirar pela boca e precisas de mimo. Dou o melhor de mim.
Ontem só conseguiste adormecer na nossa cama, aninhada a mim. Dormimos assim, coladas. A chucha cai para conseguires respirar pela boca e precisas de mimo. Dou o melhor de mim.
Sei que vai passar, faz parte. Mas também sei que outras dores virão. Cá estarei para tentar derrubá-las, para te dar aconchego e encher-te de beijos. Colo, muito colo, estejas doente ou não. E uma vontade enorme de que voltes para a minha barriguinha, onde estavas protegida de tudo.
Trocava contigo e por ti dava a vida, sem pestanejar.
Trocava contigo e por ti dava a vida, sem pestanejar.
Como te entendo, Joana! :( Lembro-me bem da primeira febre do Rodrigo! Da primeira vez que me senti bem mais pequenina que ele! Toda a gente diz que passa. Felizmente passa, mas custa a passar. E não me habituo, sou sincera. E já lá vão três anos e já vieram outras coisas para ultrapassar! São muitas horas e minutos a viver as melhoras que, no início, parecem vir a conta gotas e a desejar que aquele 'sufoco' termine. Que já não acreditamos no termómetro. Que fazemos tudo para que eles se sintam bem. Que fazemos tudo para que comam alguma coisa (acho que foi nesse dia que dei graças por ele comer sempre tão bem).
ResponderEliminarE ali permanecemos com o corpo preparado para eles, contraído inconscientemente numa dor que se instala e que só desvanece quando surgem os primeiros sorrisos, os pulinhos ou as correrias. E só aí começamos a suspirar de alívio, ainda que com o corpo dorido.
É um amor sem tamanho, Joana! <3 Percebo-te tão bem!!!
As melhoras da Isabelinha, muita força e calma, pelo menos quando estiveres junto dela. Mas isso tu sabes!
Beijinhos*