terça-feira, 29 de abril de 2014

Dad loves me

Parabéns, pai! 
Foi com este body que o teu pai soube que tu vinhas aí! Numa consulta de rotina descobri que estava grávida. Chorei tanto, de surpresa e emoção. Estava grávida de 6 semanas e 5 dias. Ouvi o teu coração. Quis contar ao teu pai por SMS, quis ligar-lhe, mas aguentei. Fui comprar uma prenda. Entreguei-lhe, abriu e ficou a sorrir. Achou que fosse para a sobrinha dele, mas achou pequeno (a Laura tem 3 anos, o body é para 3 meses). Olhei para a barriga e acenei com a cabeça. O queixo dele caiu e fez uma expressão de incredulidade. Logo depois ficou com os olhos brilhantes e beijou-me. Foi no dia 29 de julho.
Hoje, 9 meses depois, o teu pai faz anos! És o melhor presente que lhe poderia ter dado. Ele ama-te muito. Para sempre. E tu tens muita sorte. Eu também. 

O teu pai faz 30 anos

Isabel, hoje quero falar-te do teu pai. Quem te acalma quando eu não consigo, quem te dá banho, muda as fraldas e fala contigo com uma voz calma e doce. Chama-te "filha" com os olhos rasgados e brilhantes e sou eu quem fica com a voz embargada.
O teu pai é o meu amor. É a melhor pessoa que eu conheço. Tímido, mas de riso fácil. Leve, carinhoso. Gosta de cinema e vai querer que vejas os filmes preferidos dele. Fala de cada um deles com paixão.
Gosta de trabalhar e vai ensinar-te que só com esforço se vai longe.
Gosta de praia e vai levar-te ao sítio onde passava férias em criança. Já vos imagino a darem as mãos para saltarem nas ondas.
Gosta do campo e vai querer mostrar-te o alentejo. As pedras, os animais, os cactos, as árvores. Do alentejo pode não ter o sotaque, mas tem a alma. A calma. A preguiça. O teu pai é leve, descomplicado. O sonho dele é vivermos um dia numa casinha no campo. Uma casa rasteira, rodeada de verde, para nos perdermos. Com tempo para ver o pôr do sol e para conversarmos. Com tempo para nós. Um dia.
O teu pai é o meu amor e faz hoje 30 anos.




domingo, 27 de abril de 2014

Passear com a Isabel

Hoje fomos caminhar ao pé do mar e comer um gelado de manteiga de amendoim. De todas as vezes que saímos com a Isabel, ela portou-se bem! Quer seja numa esplanada, num restaurante ou num jardim, o importante é não deixar de fazer o que fazíamos antes. Adoro estar em casa a dar-lhe colo, mas o fim-de-semana é em família e com este tempo sabe bem dar uma voltinha!
É tão bom passear com ela no sling. Fica pertinho de mim e vai tão embalada que adormece num instante.


Ela derrete-me (x5)






sábado, 26 de abril de 2014

O coração é elástico

A Isabel está a ficar crescida. Esta noite deixou-me dormir sete horas. Sete horas! Depois mamou e voltou a dormir mais duas. Pronto, já dormi para o próximo mês. Rejuvenesci. Estou pronta para tudo: cólicas, choro e noites mal dormidas. Ela agora está calminha deitada - coisa rara - a olhar para mim atenta. Acabou de espirrar.

A Isabelinha já sorri muito. Franze o sobrolho. Já nos segue com o olhar. Já passa mais tempo acordada. Tossiu ontem pela primeira vez. Gosta de estar nua e de esticar as pernas. Está compridona. Adora mudar a fralda. Tomar banho então, nem se fala. Se a tirar do banho com a toalha aquecida não reclama muito. Gosta mais de se virar para o lado esquerdo. Adora colo. Da mãe, do pai, dos avós, dos tios, de quem for. Se for embalada, melhor. Gosto de tê-la na vertical, colada a mim, com a cabeça pousada no meu ombro, pronta a receber beijinhos. Aqueles sons de satisfação perto do meu ouvido.
Ao colo da bisavó
Cada vez a conheço melhor. Cada vez gosto mais dela e não percebo como isso é possível.
O coração é elástico.




sábado, 19 de abril de 2014

A primeira Páscoa

A primeira Páscoa da Isabel. Santarém, a minha terra. A casa com flores apanhadas do quintal. Margaridas selvagens. As amêndoas recheadas com chocolate, com pinhões ou com amêndoas. As de chocolate e canela da Regina, numa taça transparente. Na cozinha, rapam-se os tachos. Desta vez a novidade é um tiramisú de mascarpone e framboesas. O arroz doce da avó Rosel não vai faltar. O sol espreita timidamente na janela. As cores do campo são bonitas e o tempo parece parar.
O meu quarto tem agora uma cama de bebé ao lado da minha. Arrepiei-me assim que vi. As paredes daquele quarto testemunharam sonhos de adolescente, viram-me estudar horas a fio e agora recebem a minha filha. Quão surreal é tudo isto?...

A primeira Páscoa da Isabel é na casa da avó Béu, a minha mãe. A pessoa mais bonita que conheço. É só vê-la com a neta ao colo que as lágrimas ameaçam logo cair. Espero ser tão boa mãe quanto ela. Fez-me acreditar em mim. Nunca me deixou desistir dos meus sonhos. A minha memória está cheia de abraços, de beijos, de conversas à mesa, de brincadeiras na praia, de mimo, de manhãs de fim-de-semana passadas no quarto deles, de raspanetes quando eu e o meu irmão embirrávamos um com o outro, de gargalhadas. Que eu tenha o tempo, a generosidade, a paciência, a leveza da minha mãe. Tenho a certeza de que vai ser a melhor das avós. Uma mãe ao quadrado.

quarta-feira, 16 de abril de 2014

Parabéns, Isabel (1mês)

Foi às 02h48 de 16 de março. Nasceste e vieste fazer de mim uma Mãe. Estou a aprender, é certo, mas quero acreditar que, se pudesses, dirias que até me estou a esmerar!
Este foi o melhor mês da minha vida. Às vezes ainda me apetece beliscar para confirmar que é tudo verdade. Olho para ti quando estás a dormir no meu colo e continuo a perguntar-me se mereço tanta sorte. Sou feliz. Já o era. Mas agora sou-o plenamente, com o corpo, com a alma. Se há momentos em que o cansaço parece insuportável e as lágrimas estão mais fáceis, outros há que compensam tudo! Já o disse. Sentir-te a dormir no meu colo, confortável, com as bochechas quentinhas e a cheirar a leite basta-me. És a coisa mais maravilhosa que já fiz. E saber que tenho de fazer de ti uma boa pessoa assusta-me mas é o maior desafio de todos. Espero estar à altura.
Parabéns, filha!

Hoje a tua amiguinha Irene veio aos teus "anos".


Hoje oferecemos-te o teu primeiro livro. Acendemos a primeira vela. E escrevi, à mão, o teu primeiro cartão, cheio de palavras de amor. Espero que gostes!
A primeira vela. O primeiro livro. O primeiro cartão.
Uma vela e uns parabéns desafinados todos os meses neste primeiro ano.
Um livro todos os meses.
Um cartão todos os meses.


1 mês de Isabel

Hoje perguntei ao teu pai: "Como fomos capazes de fazer uma pessoa tão bem acabadinha?"
Parece mentira, mas és a nossa filha. E faz hoje um mês que vieste fazer de nós as pessoas mais felizes do mundo. 
Obrigada, Isabel

terça-feira, 15 de abril de 2014

As roupas da Isabel #01

Pensavam que neste blogue só se falava de sentimentos profundos? Na na ni na não. Até porque já ando a imaginar aquelas pernas gordinhas, cheias de pregas e com penugem a apanhar o sol de fim de tarde.
Confesso. Derreto-me com roupas de bebé. Quem me conhece sabe que não me perco em compras, é raro ir a centros comerciais, chateia-me perder tempo nas lojas, gastar muito dinheiro, consumir só por consumir. Faço-o esporadicamente com uma ou outra amiga ou com a minha mãe. Ir ao cinema, almoçar ou jantar fora, passear pela cidade ou na praia faz mais o meu género.
Mas no que toca a roupa para a Isabel, aí a coisa muda de figura. Gosto de ver os bebés confortáveis, de babygrow e pijaminhas, mas assim que soube que estava grávida de uma menina, o mundo cor-de-rosa dos folhos, das rendas, dos lacinhos começou a encher-me as medidas. Comprei algumas peças irresistíveis, mas contive-me porque sabia que os amigos e a família iriam oferecer e emprestar. Não me enganei. A Isabel já tem um guarda-roupa capaz de meter inveja a muitos adultos. 

A minha filhota tem roupas de todos os géneros. Mais desportivo, mais hippie, mais clássico. Gosto de variar. Mas o estilo romântico e floral, com golinhas e rendas, é o meu preferido. Tapa fraldas, fofos, vestidos... é um mundo que me delicia. Tanto que me meti num curso de costura e comprei máquina para poder reproduzir algumas peças. Até agora só cosi e descosi. Que falta de jeito! Mas um dia vou conseguir!
 




segunda-feira, 14 de abril de 2014

domingo, 13 de abril de 2014

4 semanas


Quatro semanas de bochechas gordas que merecem uma mordidela. Quatro semanas de pestanas grandes, de olhos de um cinzento enigmático, de beicinhos e choros de mimo. Quatro semanas a miar, a bocejar, a chuchar o polegar, o indicador, outro dedo qualquer ou todos ao mesmo tempo. Quatro semanas de umas perninhas cheias de pregas, de uns pés compridos, de umas mãos gordinhas. Ah! E de umas orelhas longe de serem redondinhas e perfeitas. São quadradinhas e a do lado esquerdo tem desenhado uma espécie de coração.
O cheiro... ai o cheiro! Queria guardá-lo num frasquinho para nunca mais esquecer! Ainda dizem que esta é a fase menos gira. Eu adoro. Vê-la dormir basta-me. Ouvir os sons tímidos. Tê-la só para mim, dar-lhe colo, cantar para ela. Sentir que se acalma com a minha voz.

Quatro semanas a aprender a ser Mãe. Com todas as inseguranças, com o cansaço, com a inexperiência, com o desespero. O choro (os choros), as fraldas sujas acabadinhas de mudar às 5 da manhã, o colo. Ora vira para a direita, ora vira para a esquerda, abana um bocadinho, dá umas pancadinhas nas costas, ora põe a chucha, ora faz massagem. Quatro semanas a conhecer a Isabel, a tentar percebê-la, a sofrer com ela. Não é nada fácil. Mas o corpo habitua-se. Dormir duas horas seguidas pode tornar-se revigorante e às vezes até parece suficiente. A alma ajuda. Respira-se fundo e surgem forças não se sabe bem de onde. Talvez daqueles olhos cinzentos tão profundos. Está ali uma pessoa que já sabe tão bem quem eu sou. Às vezes chega a ser assustador. Mas bom. Tão bom!

terça-feira, 8 de abril de 2014

O tio Frederico

Isabel, tens o melhor tio do mundo. O melhor imão. Nem sempre. Quase sempre. O meu irmão mais novo que tanta dor de cabeça me deu. Nem tanta. Mas eu sou dramática e exagerada. Agora é a tua vez de me vingares e lhe dares umas valentes dores de cabeça. 
Ontem deu-te colinho, mudou-te a fralda, e (rir-te-ías) limou-te as unhas. Com uma paciência e calma que me fez sentir orgulho. Vais gostar tanto dele!
Ele já te ama tanto!... Não contei as vezes em que ele disse que eras linda, mas garanto-te que já foram dezenas. Ele está babadíssimo e isso comove-me. O meu maninho com a minha filha. Tanto amor. Há lá coisa melhor na vida?

segunda-feira, 7 de abril de 2014