domingo, 31 de agosto de 2014

O primeiro dia de escola

"Um beijinho muito grande para ti, minha querida, que deves estar com o coraçãozinho apertado, como o meu". Recebo esta mensagem da minha mãe e logo me desfaço em lágrimas. 
Amanhã é o primeiro dia de escola da Isabelinha. Na semana passada já ficou lá duas horas, mas agora é que vai ser a sério, um dia inteiro. 
Custa. Custa muito. Pensei que custasse menos porque há quase três meses que fica com a avó materna, com a avó paterna, com a nossa amiga Dulce, com a tia, com a tia-avó, com a bisavó. Muitas foram as pessoas em quem confiei na hora de cuidar da Isabel. Mas agora é diferente. Agora não confio de corpo e alma, pelo menos não ainda. Tenho de acreditar que vai correr bem, que se vai adaptar, que não vai sofrer, que vão tratar bem dela. Eu acredito, eu acredito. Repito que vai correr tudo bem, como uma mantra. Mas dói. Basta pensar que há cinco meses e meio ela ainda estava protegida, dentro da minha barriga e que nada de mal lhe podia acontecer. Em tão pouco tempo vou ter de confiar no Mundo, que a vai receber. A minha vida. O meu maior tesouro é agora do Mundo. Não posso controlar tudo, não está ao meu alcance protegê-la de todos os males. Só me basta confiar que o Universo se vai encarregar de fazer a minha Isabelinha feliz.

sábado, 30 de agosto de 2014

Óbidos a três

Hoje foi dia de rumar a Óbidos, uma das vilas mais bonitas de Portugal. As cores, as fachadas das casas, o comércio, o movimento - e a mousse de pêra com ginja e raspas de chocolate... (ui, aquela mousse...) - são motivos mais do que suficientes para uma escapadinha até esta vila tão pitoresca. Havemos de cá voltar quando a Isabelinha já conseguir subir até às muralhas, quando já correr por estas ruazinhas solarengas e já fizer disparates. Por agora, bastam-nos aqueles olhinhos a querem agarrar o mundo e aquele sorriso que derrete todos os que lhe dizem "olá".
São momentos tão nossos que me dão cada vez mais certeza de que três é melhor do que dois.















segunda-feira, 25 de agosto de 2014

A prima Laura

Quatro aninhos. Quatro. Lembro-me tão bem de ir vê-la à maternidade e de descobrir o amor de tia pela primeira vez. Passear com ela no Zoo, cantar no carro, dar-lhe banho, brincar às mães e às filhas, despertou, sem dúvida, o meu instinto maternal.
É linda de morrer, esperta, faladora, carinhosa. Faz birras, é teimosa, é a nossa Laura. De cabelos cacheados, olhos enormes e expressivos, é apaixonada pelas princesas da Disney e a festa foi dedicada à Pequena Sereia. Adorou, claro! O sorriso dela é contagiante e é tão inteligente que às vezes nos esquecemos que ainda é pequenina. A nossa Laura.


sábado, 23 de agosto de 2014

Na piscina da avó Isabel

Évora. Calor, muito calor! E uma Isabelinha que adora chapinhar e bater as perninhas na água, mas só se água estiver morna!
Com 5 mesinhos à descoberta do mundo. E eu tão agradecida por poder ver tudo de perto...






sábado, 16 de agosto de 2014

5 meses de Isabel


6 dias
5 meses

Com 5 meses na minha barriga, imaginava-te muito rebelde, tal era a força com que te movimentavas. Agora, com 5 meses de vida, és a delicadeza, a calma, a doçura.
A minha gravidez foi a fase mais mágica da minha vida. Foi tempo de sonhar, de amar-te sem te conhecer, de te cantar enquanto conduzia, de dar festinhas na barriga na esperança de que as sentisses. Sentia-me tão feliz que julgava impossível ser mais feliz ainda. Enganei-me, Isabel. Agora comovo-me todos os dias. És perfeita. És de uma doçura nunca antes vista. Tens um olhar esperto, explorador e capaz de múltiplas expressões. Já comes os teus pézinhos e já te viras sozinha. Já o fazes há um mês mas agora com uma facilidade tal que já não podes ficar sozinha na nossa cama. Tosses quando queres refilar. Quando estás cansada de mamar, levantas os olhos e desafias-me. Provocas-me com um olhar franzido. Ficas à espera das minhas gargalhadas. E sorris. Este nosso momento, tão cúmplice, é a coisa mais bonita do mundo.
Esta semana já comeste a tua primeira papa. Gostaste muito, tanto que até choravas entre colheres, sôfrega. Vejo-te crescer e comovo-me. As roupas deixam de te servir, começo a preparar as próximas e isto está a passar tudo tão rápido que até arrepia. Mas é bom. Gosto de te ver crescer, mas às vezes dou por mim a matar saudades dos teus esgares de recém-nascida no telemóvel. Gravei o teu choro, baixinho e suave. Na altura tinhas ainda um olhar perdido, os teus olhos mal abriam. Hoje acordas-nos com o maior dos sorrisos e com uns olhos enormes, cheios de pestanas.
Parabéns, filhota! 

Ah! O livro dos 5 meses é o "Anita Mamã", oferecido pela avó Béu

segunda-feira, 11 de agosto de 2014

As nossas férias

As nossas férias. Mar, sol. Pés na areia, pés na boca. Beijos repenicados na barriga, no pescoço e nos pés. Cócegas. Brincadeiras, gargalhadas, festinhas. Namoro, muito namoro. Muito colinho. Meu, do pai, da avó Béu. Adormecer sozinha a brincar com o boneco Zezé. Pôr pela primeira vez os pés na boca. A crescer. Muito, rápido. E eu a adorar cada segundo, cada novidade. Receber a visita do amigo Lucas. Ir petiscar. Contar 1, 2, 3 e fazer o avião. Olhar para tudo, distrair-se na hora da mama, desafiar-me com o olhar, à espera que eu me ria. Respirar ar puro. Deitarmo-nos na relva. Passear, ver o mundo, ter tempo. Tempo para nós, tempo para ela. As nossas primeiras férias. Perfeitas, inesquecíveis.

sábado, 2 de agosto de 2014

Prin-ce-sa

Hoje foi dia de baptizado das Marias, as nossas sobrinhas emprestadas. O sítio, lindo. Os amigos, de quem tinha saudades, perto de nós. A Isabel cheia de sono, mas a querer captar tudo, atenta ao que a rodeia. Saltou de colo em colo, fez beicinho, franziu o sobrolho com a claridade. Expressiva a nossa filha.
Mais tarde, brindou-me com gargalhadas. Sonoras, contagiantes. "Prin-ce-sa" e ria-se. "Prin-ce-sa", nova gargalhada. Princesa. A minha.



Passeio da semana

Esta semana fomos passear ao cais palafítico da Carrasqueira. Um sítio com alma. Caminhamos pelos inúmeros passadiços de madeira e vamos descobrindo cores e texturas, rodeadas por um enorme lamaçal. Caranguejos pequeninos surgem por entre o lodo do sapal. O tempo parece parar por aqui.